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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Buenos Aires, ahí me voy

Perto lá de casa
É meia-noite, a mala está aberta ao lado da cama, pesada, pois leva toda roupa que me cabe, levo um guia, um livro do Jorge Luís Borges(pretendo adquirir um exemplar igual ao original escrito, para comparar), vou para Buenos Aires. Amanhã às 5 da madrugada, saio para Belo Horizonte, onde minha amiga Ana está fazendo uma festa pela minha passagem, vou até lá comprar dinheiro e às 10 da manhã de sábado levanto vôo, faço uma baldeação em São Paulo e chego na Argentina às 6 da tarde. 35 dias, incluindo todas as confraternizações de fim de ano que vou perder no Brasil. Volto logo depois do reveillon, dia 2 pego o ônibus a noite de volta pra casa em BH. O que me espera? Sozinho na Argentina! Muita coisa boa. Se virando pelo mundo. Vamo lá, ver de qual que é, fazer nada. Descansar a cabeça. Alheio a tudo numa vida nova.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dionisíaco - E a epifania:" é hora de encerrar a adolescência"

Tudo acaba - Teve bolo de lembrança - Quadrado Mágico - O caminho do rio pela última vez

El DJ empezó a tocar medianoche


Meus bons amigos, onde estão










AMOR e Liberdade

E a festa começa

Isso! De óculos fica melhor

Toninho Beleza fez o peixe - em frente ao rio São Francisco


Chame a galera

Escolha um lugar paradisíaco


terça-feira, 9 de novembro de 2010

As festas dionisíacas

As primeiras festas em honra a Dioniso eram festas rurais, celebravam a fertilidade, em alguns lugares era um culto exclusivamente feminino, na machista e patriarcal sociedade grega adorar ao deus mesmo que em segredo era experiamentar um pouco de liberdade, grupos de mulheres se retiravam ao alto dos montes, afastados dos olhos da maioria e aí se entregavam ao êxtase divino. Com o tempo, expandiu-se o culto entre os camponeses, igualmente marginalizados pela elite nobre que não via com bons olhos essas celebrações. As dionisias rurais celebravam-se nos demós(comunidades rurais), coincidiam com a maturação do vinho, povoados e fazendeiros organizavam as festas, pessoas vagavam de um lugar a outro para acompanhar as celebrações, com gente fantasiada, música animada e muita bebida, assim como hoje cada lugar fazia sua festa. As dionisias rurais são também conhecidadas como Lenéias. As Antestérias, já com o culto mais incorporado ao cotidiano dos gregos ocorriam na cidade, o deus voltava ao mundo depois de um longo período afastado, era a época da abertura dos primeiros tonéis vinho, em Atenas a primeira-dama da cidade era oferecida ao deus, dizia-se que Dioniso retornava do mundo dos mortos, nesse período os espíritos estavam soltos, marmitas com comida eram deixadas abertas para que os mortos saciassem sua fome. Amplamente incorporada pela cultura grega após uma democratização maior da sociedade as Grandes Dionisas eram festas oficiais que tinham como maior atração os concursos de tragédias. Na Roma antiga as festa em honra a Baco assumiram o ar de sociedades secretas onde participavam apenas os iniciados, o caráter supostamente orgiástico dessas festas levou o senado a proibí-las. As festas dionisíacas assumiram características hedonistas e liberais, todos participavam, nem mesmo os escravos eram proibidos, vários epítetos eram gritados por seus seguidores: Brômios, Íaco, Rumor, Entos, Bacheus, Ditirambos. Era mais frequentemente saudado aos gritos de: -Evoé! Uma máscara de Dioniso pendurada no alto durante as celebrações indicava que o deus estava presente.

Um ditirambo

Quem é esse?

Qual seu nome?

Um vagante de

de exóticas terras?

De coração de ferro

invencível

que testa a força

de cada ser

Brilhantes chamas saltam 

de seus brilhantes olhos

como as fornalhas em Lemnos

Com botas de caçador

e capa de peles

Seu cetro seguro alto

Ele vem até nós

Ele marcha através

de nossa nobre cidade

Um Deus chegou

que forja leis

para livrar a terra

de monstruosas coisas.

Cada ultraje

será respondido!

O fluxo do Tempo

a tudo dá um fim.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Tíaso - O cortejo de Dioniso

Dioniso andava em compania de um cortejo, chamado de tíaso. Por onde andava sempre a ensinar o preparo do vinho, junto com ele estava seu preceptor Sileno, filho de um sátiro com uma humana, Sileno era representado como um fauno alto, maior que os demais, mais velho, constantemente embriagado, tido como grande sábio. Dioniso era cultuado majoritariamente por mulheres por ser de certa forma um deus dos oprimidos, marginalizado, quando passava sua caravana as mulheres saiam de casa abandonavam sua família, seus afazeres domésticos, iam para as montanhas celebrar o deus Rumor, as mênades ou bacantes dançavam em frenesi, uma dança hipinotizante, elas jogam a cabeça para trás e se entregam à experiência divina. Sempre com ele um bando de sátiros (meio homens, meio bode) barulhentos, com seus instrumentos. Em algumas representações estão presentes centauros, Eros (o cupido, deus do amor) e Pã (fauno, deus da floresta). Dioniso percorria o mundo impondo sua divindade, dando aos homens seu presente. Animais selvagens puxam o carro de Baco, quando adentrava a hera brotava, cachos de uva floreciam, ele batia o seu tirso no chão e brotavam fontes de vinho, leite e mel.